agosto 20, 2009

O Comunismo

Um dos temas que maior debate causa dentro da minha conturbada pessoa, será sem qualquer sombra de dúvida o comunismo. Parida por Karl Marx, esta febre vermelha (maior que a do Benfica) já esteve espalhada por meio mundo, e ainda hoje reúne um significante número de apoiantes, mesmo fora de países de regime comunista. Um caso de núcleo denso, encontra-se entre a população universitária, especialmente se estivermos a falar de faculdades ligadas ao ramo das artes, e eu como sendo um jovem universitário numa faculdade ligada ao ramo das artes, quero antes de mais exibir gloriosamente a minha capacidade de resistência a uma viragem de 90º à esquerda. E como se não fosse suficiente eu não pertencer à facção vermelha, ainda repudio absolutamente o comunismo.
É claro que estaria tudo bem se a historia acabasse por aqui, mas uma espécie de bipolaridade tinha de surgir em mim, e tornar uma simples equação numa autêntica macacada. Pois ao mesmo tempo que rejeito o comunismo, sinto-me fascinado por ele, tudo por causa de uma, entre muitas teorias absurdas que desenvolvi durante os meus quase vinte anos de existência, e que consiste na seguinte premissa: "O comunismo pode ser uma fantástica arma de engate".
Apesar de não parecer, Marx pode ter sido um autêntico Casanova do Séc. XIX, espalhando simultâneamente pelo mulherio charme e ideais de igualdade sócio-económica.

Sexy Beast


Voltando ao Séc XXI, a teoria torna-se plausível, se considerarmos que grande parte da população jovem feminina instruída, simpatiza com os ideais marxistas. Resumindo o comunismo pode ser incrivelmente valioso, quando não se partilha qualquer outro gosto, seja música, livros, cinema..., com certa e determinada rapariga. Exemplo:

Fulano Tal: Já ouviste o novo dos Men Eater?
Miúda X: Quem são esses?
(Silêncio)
Fulano Tal: Entao e este comunismo, hein?...

Mas nem tudo são rosas, pois os ideais de Marx por muitas boas intenções que tivessem, esqueceram-se da incontornável condição humana, pois infelizmente o Homem é uma criatura inconscientemente incapaz de viver em igualdade, pois ambiciona sempre a algo mais do que o seu vizinho ou irmão, alimentando a sua ganância como se fosse uma locomotiva demoníaca a engolir carvão à velocidade da luz. Todos são iguais num regime comunista, todos excepto o líder, pois claro, figura endeusada, cuja sabedoria inquestionável comanda o povo como se de um rebanho se tratasse. No final comunismo não é mais do que uma palavra bonita para fascismo, ou ditadura.

Estes homens têm algo em comum para além de gostarem de
longos passeios na praia e de cinema francês.


Feitas as contas, continuo a fazer malabarismo com estas opiniões, como um louco a fazer malabarismo com moto-serras em chamas, mas umas coisas garanto. Para além de continuar a olhar o comunismo de lado, estou a deixar crescer uma respeitável barba, e planeio ir à próxima Festa do Avante para ver se tenho alguma sorte.

2 comentários:

Lisa HM disse...

Hahaha! (bis)

Bem, quanto à eventual "atração" que o comunismo suscita nas mulheres, tenho as minhas dúvidas...
Agora, concordo plenamente com a parte da "condição humana"... digamos que há alturas em que o Maquiavel até tinha um bocadinho de razão!

Acho que bom mas bom seria uma anarquia (mas pelo que vejo dos adeptos desta, às vezes também tenho as minhas dúvidas... e medos!)...

Santana disse...

Obrigado.

Numa anarquia teríamos um enxame de réplicas do Sid Vicious e da Nancy Spungen, portanto venha o diabo e escolha.